Ontem fui dormir pensando em alguém.

Imaginando-a em algum lugar.

Eu vi esta pessoa sentada com uma amiga, porém só percebe depois de segundos.

Aí a vergonha chegou à timidez sorriu e assim meus longos passos continuaram em outro rumo.  

Um rumo diferente.

Ohh vida! Por que fazes isso comigo? Por que me maltratas? Já sorri, já falei seu nome, já lhe mostrei minhas frases, gosto do que gosta e continuo aqui. Sem rumo!

Só em meu quarto procuro respostas para saber o que será isso.

Algo que me atormenta!

Na folha de um caderno corre um lápis com ponta afiada escrevendo palavras para ser lidas.

Pensamentos de um jovem que sobrevoam ao redor de uma adolescente, uma jovem adolescente.

E por vezes tentei mudar isso.

E por vezes não consegui.

Um bando de corvos voam ao redor de meus pensamentos, corvos fortes com penas longas, buscando o mesmo propósito que eu.

Uma moça com um sorriso de mover montanhas, com olhar de iluminar a escuridão e com grande carisma.

Será que preciso lutar?

Será que perco?

Minha única arma se resumiu em palavras selecionadas entre meu pobre vocabulário.

Meus oponentes são fortes.

Uma cavalaria que utiliza da força bruta para derrotar a concepção.

Falsas pessoas que iludem e se enganam ao pensar que são simpáticas.

Minha batalha será grande...

Depois de um tempo solitário em meu quarto, percebe que essa batalha seria em vão, se meu propósito não me aceitasse.

Por que fiz tudo isso?

Existe sentido nisso?

Meus pensamentos me encurralaram entre quatro paredes.

Aff! A minha frente só um guarda roupa e nele um espelho.

Nesse espelho uma pessoa, uma pessoa com sentimentos e que está criando laços com o impossível.

O que dizer para mim?

Se meus próprios conselhos não estou seguindo?

Amar é um delírio, esse delírio se chama razão e essa razão tem um nome...

Você!